Há dois anos senti uma dor no peito, fui ao cardiologista. Fez um ecocardiograma e disse que tudo estava bom com o meu coração, o único problema era o estresse. Minha dor continuou por uns tempos e com os dias sumiu. No outro ano, repentinamente essa dor volta, e eu regresso ao cardiologista. Faço um teste ergométrico e um eletrocardiograma, além de consulta do meu nível de colesterol. Ele concluiu que não era nada sério, apenas estresse. Justificou, como o primeiro, que na minha idade só pode ser estresse. E então ele me liberou, como o outro. Meu colesterol LDL estava bom, mas o HDL estava baixo (32). O tempo passou, eu me acalmei e a dor sumiu com o tempo, voltando às vezes. Até hoje é assim... Vai e volta. Quando fico muito estressado, ela aparece. Minha pressão sanguínea é mais ou menos elevada (14-9). Lembrando que não sou obeso; meu trigliceridios está normal; não fumo e não consumo álcool.

a- HDL baixo, é genético.

b- HDL baixo, triglicerídios elevados, glicose elevada, obesidade, hipertensão arterial é denominada síndrome metabólica.

c- Uma das principais causas de dor torácica é o transtorno de ansiedade generalizada ou síndrome do pânico (dor no peito, palpitações, sudorese e sensação eminente de morte).

d- Quando não existe doença física, quase sempre, os médicos dizem que não é nada. O correto é encaminhar ao serviço psiquiátrico. O preconceito ao psiquiatra é de ambos, do médico assistente e do paciente.

e- Os pacientes com dor no peito, chegam no consultório dos cardiologistas com inúmeros exames: eletrocardiograma, teste ergométrico, ecocardiograma, etc. Todos interpretados como normais.

f- 90% dos pacientes com ansiedade e síndrome do pânico, vão primeiro consultar com o cardiologista, que comumente encaminha ao psiquiatra.